Um convite e uma promessa
– Como você desenharia a face do mundo?
Se você quisesse descrever a condição do planeta através de um rosto, seria ele sorridente? Ou pareceria preocupado, temeroso ou quem sabe até zangado? Estávamos reunidos na casa de alguns amigos, na Costa rica, quando lhes fiz essa pergunta. – Bem, eu acho... – francisco logo começou a dar sua opinião. Mas, nesse exato momento, algo interrompeu suas palavras e nunca
ficamos sabendo o que ele ia dizer. A casa de nossos amigos fazia parte de uma longa fila de casas de madeira. As casas tinham paredes em comum. Por isso, o que acontecia numa casa podia muito bem ser ouvido pelas pessoas da casa ao lado. Enquanto discutíamos a condição do mundo, um vizinho chegou à sua
casa. Batendo a porta, ele começou a gritar com a esposa. Era óbvio que estava bêbado, e o volume de sua voz aumentava cada vez mais enquanto ele exigia algo. Não me lembro mais o que era, mas se tratava de alguma coisa que ela não tinha. E, como não lhe foi dado na hora o que exigia, ele resolveu exercer sua autoridade e começou a espancá-la. – vou te ensinar a me respeitar! – gritou ele. Acima do terrível tumulto de pancadas e gritos, podíamos ouvir a voz de um garotinho chorando e implorando: – Não, papai! Nãããão! Não machuque a mamãe! Por favor, por favor!
ficamos sabendo o que ele ia dizer. A casa de nossos amigos fazia parte de uma longa fila de casas de madeira. As casas tinham paredes em comum. Por isso, o que acontecia numa casa podia muito bem ser ouvido pelas pessoas da casa ao lado. Enquanto discutíamos a condição do mundo, um vizinho chegou à sua
casa. Batendo a porta, ele começou a gritar com a esposa. Era óbvio que estava bêbado, e o volume de sua voz aumentava cada vez mais enquanto ele exigia algo. Não me lembro mais o que era, mas se tratava de alguma coisa que ela não tinha. E, como não lhe foi dado na hora o que exigia, ele resolveu exercer sua autoridade e começou a espancá-la. – vou te ensinar a me respeitar! – gritou ele. Acima do terrível tumulto de pancadas e gritos, podíamos ouvir a voz de um garotinho chorando e implorando: – Não, papai! Nãããão! Não machuque a mamãe! Por favor, por favor!
É provável que você esteja lendo isto num ambiente seguro e tranquilo. Alguém está gritando com você, ou ameaçando bater em você? Provavelmente não. Então, como você desenharia o rosto do mundo? Poria nele um grande sorriso? Talvez você ache que eu esteja usando um exemplo extremo, e não
uma ilustração de como as coisas realmente são. Eu disse que a cena de maus-tratos aconteceu na Costa rica, e assim está tudo bem, especialmente se você não mora lá. Afinal, esse é o tipo de coisa que sempre acontece bem longe daqui, não é? Quantas mulheres você acha que estão sendo espancadas agora mesmo, enquanto você lê? Nos Estados Unidos, isso ocorre a cada quinze segundos. E no restante do mundo? Estou usando a violência doméstica para caracterizar a situação do
mundo hoje, mas eu poderia empregar inúmeras outras ilustrações. Quantas pessoas você acha que estão neste momento remexendo algum latão de lixo ou aterro sanitário, tentando encontrar algo para comer? Sabe qual é a primeira causa de morte entre crianças no mundo? A fome! A Organização Mundial da Saúde relata que cinco milhões de crianças morrem todos os anos de causas relacionadas com a má nutrição. Isso dá 13.700 por dia. O número mensal é maior do que o de todas as pessoas que morreram no terrível tsunami de 2004. Considere outro exemplo. Quantas pessoas você acha que estão sem teto?
Não estou falando de gente que se encontra nesse estado por causa do álcool ou da ignorância; refiro-me apenas a vidas despedaçadas pela guerra e a violência étnica. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados tem sob seu cuidado aproximadamente vinte milhões de pessoas que estão fugindo ou vivendo em condições extremamente inseguras. E, falando de crianças, quantas dormem todas as noites nas ruas dos
grandes centros urbanos, tendo como cama apenas o pavimento frio? Ninguém sabe o número exato, mas o Unicef estima que seja por volta de cem milhões. O pior é que o número cresce rapidamente como resultado da epidemia de Aids. Uma grande porcentagem delas se tornará vítima de violência, vícios e doenças sexualmente transmissíveis. Muitas (quem sabe a maioria) se tornarão delinquentes. Napoleão teria dito que, na guerra, Deus está sempre do lado daqueles que têm as armas mais potentes. hoje, ele provavelmente não diria isso, porque os terroristas não dependem de canhões, mas de uma atuação dissimulada e traiçoeira. E agora, em muitos lugares, eles se aliaram com os traficantes de drogas, que conseguem cruzar impunemente as fronteiras, e só de vez em quando são desafiados pelas forças da lei.
uma ilustração de como as coisas realmente são. Eu disse que a cena de maus-tratos aconteceu na Costa rica, e assim está tudo bem, especialmente se você não mora lá. Afinal, esse é o tipo de coisa que sempre acontece bem longe daqui, não é? Quantas mulheres você acha que estão sendo espancadas agora mesmo, enquanto você lê? Nos Estados Unidos, isso ocorre a cada quinze segundos. E no restante do mundo? Estou usando a violência doméstica para caracterizar a situação do
mundo hoje, mas eu poderia empregar inúmeras outras ilustrações. Quantas pessoas você acha que estão neste momento remexendo algum latão de lixo ou aterro sanitário, tentando encontrar algo para comer? Sabe qual é a primeira causa de morte entre crianças no mundo? A fome! A Organização Mundial da Saúde relata que cinco milhões de crianças morrem todos os anos de causas relacionadas com a má nutrição. Isso dá 13.700 por dia. O número mensal é maior do que o de todas as pessoas que morreram no terrível tsunami de 2004. Considere outro exemplo. Quantas pessoas você acha que estão sem teto?
Não estou falando de gente que se encontra nesse estado por causa do álcool ou da ignorância; refiro-me apenas a vidas despedaçadas pela guerra e a violência étnica. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados tem sob seu cuidado aproximadamente vinte milhões de pessoas que estão fugindo ou vivendo em condições extremamente inseguras. E, falando de crianças, quantas dormem todas as noites nas ruas dos
grandes centros urbanos, tendo como cama apenas o pavimento frio? Ninguém sabe o número exato, mas o Unicef estima que seja por volta de cem milhões. O pior é que o número cresce rapidamente como resultado da epidemia de Aids. Uma grande porcentagem delas se tornará vítima de violência, vícios e doenças sexualmente transmissíveis. Muitas (quem sabe a maioria) se tornarão delinquentes. Napoleão teria dito que, na guerra, Deus está sempre do lado daqueles que têm as armas mais potentes. hoje, ele provavelmente não diria isso, porque os terroristas não dependem de canhões, mas de uma atuação dissimulada e traiçoeira. E agora, em muitos lugares, eles se aliaram com os traficantes de drogas, que conseguem cruzar impunemente as fronteiras, e só de vez em quando são desafiados pelas forças da lei.
Durante algum tempo, parecia que a penicilina iria vencer a guerra contra as doenças sexualmente transmissíveis, mas isso foi antes da Aids. A doença infecta pelo menos 45 milhões de pessoas hoje. Está exterminando grande parte da população da África subsaariana e se espalha rapidamente por outros lugares. Pense outra vez: como você desenharia a face do mundo? A estratégia mais comum que usamos para nos isolarmos de tanto sofrimento é a massificação. Para evitar a dor, visualizamos os que sofrem como massas sem rosto, e não como indivíduos. Outro dia, uma bomba explodiu no Oriente Médio. Mas eu não conhecia Mustafá, uma das vítimas, nem estava lá. Não precisei tentar ajudá-lo enquanto ele, sufocado com a poeira, tateava desesperadamente pelos escombros de sua casa até encontrar o corpo da irmã, a tímida e gentil hannah. Minhas lágrimas não correram enquanto Mustafá batia no chão com os punhos cerrados e gemia de dor ao lado do corpo dilacerado. É fácil falar de tragédias. Elas acontecem, claro, mas não foi minha
irmã que morreu. Uma mulher é espancada a cada quinze segundos? Sim, mas eu não sinto os socos, então simplesmente transformo a experiência em estatística. Porém, está chegando a hora em que essa estratégia de distanciamento não vai funcionar mais. A tormenta que irrompe sobre nosso planeta está se intensificando, e começa a atingir o mundo particular de cada pessoa. Uma geração atrás, a gente ouvia falar de viciados em drogas, mas quem conheceu um deles pessoalmente? Agora, ninguém duvida de que amanhã a vítima possa ser meu filho. Ou que minha filha fique grávida e faça um aborto. O ataque contra as torres gêmeas, em Nova York, foi um toque de despertar no mundo inteiro. Quem não percebe que hoje somos todos vulneráveis? Os sensacionalistas – que andam por aí com uma mensagem de condenação – sempre se preocuparam com a condição do mundo. Agora são os pensadores mais sóbrios e bem-informados que se preocupam. Cinquenta anos atrás, os filósofos começaram a falar sobre a “angústia existencial”. Naquela época, esse era um assunto restrito a uns poucos intelectuais. Mas hoje a situação mudou.
irmã que morreu. Uma mulher é espancada a cada quinze segundos? Sim, mas eu não sinto os socos, então simplesmente transformo a experiência em estatística. Porém, está chegando a hora em que essa estratégia de distanciamento não vai funcionar mais. A tormenta que irrompe sobre nosso planeta está se intensificando, e começa a atingir o mundo particular de cada pessoa. Uma geração atrás, a gente ouvia falar de viciados em drogas, mas quem conheceu um deles pessoalmente? Agora, ninguém duvida de que amanhã a vítima possa ser meu filho. Ou que minha filha fique grávida e faça um aborto. O ataque contra as torres gêmeas, em Nova York, foi um toque de despertar no mundo inteiro. Quem não percebe que hoje somos todos vulneráveis? Os sensacionalistas – que andam por aí com uma mensagem de condenação – sempre se preocuparam com a condição do mundo. Agora são os pensadores mais sóbrios e bem-informados que se preocupam. Cinquenta anos atrás, os filósofos começaram a falar sobre a “angústia existencial”. Naquela época, esse era um assunto restrito a uns poucos intelectuais. Mas hoje a situação mudou.
Esforços para encontrar uma solução
O século 19 foi um período de otimismo sem igual na história. foi o
auge do racionalismo. As pessoas acreditavam que o mundo estava se tornando cada vez melhor. A tecnologia oferecia maravilhas incontaveis uase diariamente. As máquinas agora podiam fiar, tecer e costurar. Novas invenções transformavam a agricultura e a indústria. As pessoas viajavam rapidamente por terra e mar, impulsionadas por poderosos motores a vapor. Graças às linhas de telégrafo, recém-instaladas, a Califórnia ficou sabendo da morte de Abraão Lincoln no mesmo dia. Com todas essas maravilhas, as pessoas acharam fácil acreditar que os problemas da sociedade desapareceriam em pouco tempo. A pobreza, a injustiça, a doença e a insanidade seriam banidas. As guerras dariam lugar à paz universal e, em pouco tempo, veríamos o fim da ignorância e da tirania. Ninguém mais pensa assim. O otimismo daquela época acabou com a
Primeira Guerra Mundial, e hoje parece cada vez mais ilusório. A ciência avança com velocidade ainda maior. Mas a mão que desenvolveu o transístor também nos deu a bomba atômica e a capacidade de destruir a civilização pelo apertar de um botão. E no mundo inteiro as pessoas perguntam: “Com tanta informação e tantos avanços incríveis na compreensão do Universo, como é possível que a fome, a opressão e a tirania ainda dominem o cenário?” O problema é que tentamos fazer com que a ciência cumpra uma tarefa que não lhe foi designada. A razão pela qual essas calamidades continuam, ano após ano, é que elas não são um problema científico ou tecnológico. Peça que a ciência projete um raio de energia eletromagnética através
do espaço e nos envie uma foto da superfície de Marte ou Tritão, e ela rapidamente nos dará a resposta. Pergunte como se organiza o genoma humano ou qual é a natureza das endorfinas e como afetam as células do cérebro, e ela não hesitará em responder. Porém, se lhe perguntarmos como resolver os piores problemas da atualidade, ela terá que dizer: “Sinto muito; essa não é a minha área.” isso acontece porque os piores problemas da nossa época não são de natureza científica, e sim moral. Pense por um momento: qual dos grandes problemas que oprimem a sociedade hoje não é de ordem moral? Todos são. Considere, por exemplo, a fome. há pessoas famintas não por causa de escassez de alimento no mundo, mas por causa de uma terrível desigualdade na sua distribuição. Essa desigualdade, por sua vez, é o resultado de uma distribuição ainda mais desigual de riqueza, educação e meios de produção e transporte. A opressão e a negligência dos que não têm nada por parte dos que têm demais é definitivamente um problema de ordem moral. O que dizer de outros desafios e ameaças? Terror, opressão política e tirania são claramente situações morais. O mesmo acontece com a violência doméstica, o aborto, os vícios e o estilo de vida que tornou a Aids a maior pandemia da história. Se esses fossem problemas científicos ou tecnológicos, já teriam sido resolvidos há muito tempo, pois somos realmente bons nisso. Algumas pessoas podem achar humilhante aceitar o que estou dizendo. Continuam apegadas ao princípio fundamental do racionalismo – a autossuficiência. Seu lema é: “Eu posso!” Minha inteligência, minha força de caráter, meu espírito empreendedor, meu “seja lá o que for”... É sempre eu e meu cérebro que salvaremos o mundo. Esses indivíduos se recusam a admitir que certos problemas não têm solução intelectual. Por quanto tempo mais continuaremos insistindo em procurar soluções
onde elas não existem? Por quanto tempo continuaremos em pânico, batendo às portas da ciência, quando a ciência está tão frustrada quanto nós diante de sua incapacidade de oferecer respostas reais ou eficazes? Quantas evidências mais terão que nos bater na cara antes que aceitemos a realidade?
auge do racionalismo. As pessoas acreditavam que o mundo estava se tornando cada vez melhor. A tecnologia oferecia maravilhas incontaveis uase diariamente. As máquinas agora podiam fiar, tecer e costurar. Novas invenções transformavam a agricultura e a indústria. As pessoas viajavam rapidamente por terra e mar, impulsionadas por poderosos motores a vapor. Graças às linhas de telégrafo, recém-instaladas, a Califórnia ficou sabendo da morte de Abraão Lincoln no mesmo dia. Com todas essas maravilhas, as pessoas acharam fácil acreditar que os problemas da sociedade desapareceriam em pouco tempo. A pobreza, a injustiça, a doença e a insanidade seriam banidas. As guerras dariam lugar à paz universal e, em pouco tempo, veríamos o fim da ignorância e da tirania. Ninguém mais pensa assim. O otimismo daquela época acabou com a
Primeira Guerra Mundial, e hoje parece cada vez mais ilusório. A ciência avança com velocidade ainda maior. Mas a mão que desenvolveu o transístor também nos deu a bomba atômica e a capacidade de destruir a civilização pelo apertar de um botão. E no mundo inteiro as pessoas perguntam: “Com tanta informação e tantos avanços incríveis na compreensão do Universo, como é possível que a fome, a opressão e a tirania ainda dominem o cenário?” O problema é que tentamos fazer com que a ciência cumpra uma tarefa que não lhe foi designada. A razão pela qual essas calamidades continuam, ano após ano, é que elas não são um problema científico ou tecnológico. Peça que a ciência projete um raio de energia eletromagnética através
do espaço e nos envie uma foto da superfície de Marte ou Tritão, e ela rapidamente nos dará a resposta. Pergunte como se organiza o genoma humano ou qual é a natureza das endorfinas e como afetam as células do cérebro, e ela não hesitará em responder. Porém, se lhe perguntarmos como resolver os piores problemas da atualidade, ela terá que dizer: “Sinto muito; essa não é a minha área.” isso acontece porque os piores problemas da nossa época não são de natureza científica, e sim moral. Pense por um momento: qual dos grandes problemas que oprimem a sociedade hoje não é de ordem moral? Todos são. Considere, por exemplo, a fome. há pessoas famintas não por causa de escassez de alimento no mundo, mas por causa de uma terrível desigualdade na sua distribuição. Essa desigualdade, por sua vez, é o resultado de uma distribuição ainda mais desigual de riqueza, educação e meios de produção e transporte. A opressão e a negligência dos que não têm nada por parte dos que têm demais é definitivamente um problema de ordem moral. O que dizer de outros desafios e ameaças? Terror, opressão política e tirania são claramente situações morais. O mesmo acontece com a violência doméstica, o aborto, os vícios e o estilo de vida que tornou a Aids a maior pandemia da história. Se esses fossem problemas científicos ou tecnológicos, já teriam sido resolvidos há muito tempo, pois somos realmente bons nisso. Algumas pessoas podem achar humilhante aceitar o que estou dizendo. Continuam apegadas ao princípio fundamental do racionalismo – a autossuficiência. Seu lema é: “Eu posso!” Minha inteligência, minha força de caráter, meu espírito empreendedor, meu “seja lá o que for”... É sempre eu e meu cérebro que salvaremos o mundo. Esses indivíduos se recusam a admitir que certos problemas não têm solução intelectual. Por quanto tempo mais continuaremos insistindo em procurar soluções
onde elas não existem? Por quanto tempo continuaremos em pânico, batendo às portas da ciência, quando a ciência está tão frustrada quanto nós diante de sua incapacidade de oferecer respostas reais ou eficazes? Quantas evidências mais terão que nos bater na cara antes que aceitemos a realidade?
Qual é a Solução?
Para início de conversa, diante do óbvio fracasso da ciência em fazer o
que nunca se designou que ela fizesse, deveríamos simplesmente resignar-nos ao status quo? Ou existe ao nosso alcance uma solução que temos ignorado por muito tempo? Se você tiver a oportunidade de visitar o prédio da Suprema Corte em Washington, quando a Suprema Corte não estiver reunida, os guias turísticos o conduzirão à câmara de audiência onde os nove juízes ouvem os casos. Não deixe de erguer os olhos bem acima do assento dos juízes e notar as figuras esculpidas ao longo da borda do teto. Entre as muitas figuras ali, você verá um personagem de aparência augusta, com tábuas de pedra na mão direita. É Moisés, e as tábuas que ele segura são as do antigo código moral conhecido como os Dez Mandamentos. As gerações passadas que projetaram esse grande edifício aparentemente não sofriam da mesma arrogância que parece afligir a nossa geração. Tinham a disposição de reconhecer o imenso significado dessa antiga lei e sua influência sobre a sociedade. Aparentemente, não se incomodavam com o fato de não a haverem inventado e de não ter sido um produto de sua época. Talvez não haja uma evidência melhor do espírito de nosso tempo
– pelo menos no mundo ocidental – do que o fato de que certos grupos ativistas hoje exijam que essas figuras sejam removidas de todos os prédios públicos.
que nunca se designou que ela fizesse, deveríamos simplesmente resignar-nos ao status quo? Ou existe ao nosso alcance uma solução que temos ignorado por muito tempo? Se você tiver a oportunidade de visitar o prédio da Suprema Corte em Washington, quando a Suprema Corte não estiver reunida, os guias turísticos o conduzirão à câmara de audiência onde os nove juízes ouvem os casos. Não deixe de erguer os olhos bem acima do assento dos juízes e notar as figuras esculpidas ao longo da borda do teto. Entre as muitas figuras ali, você verá um personagem de aparência augusta, com tábuas de pedra na mão direita. É Moisés, e as tábuas que ele segura são as do antigo código moral conhecido como os Dez Mandamentos. As gerações passadas que projetaram esse grande edifício aparentemente não sofriam da mesma arrogância que parece afligir a nossa geração. Tinham a disposição de reconhecer o imenso significado dessa antiga lei e sua influência sobre a sociedade. Aparentemente, não se incomodavam com o fato de não a haverem inventado e de não ter sido um produto de sua época. Talvez não haja uma evidência melhor do espírito de nosso tempo
– pelo menos no mundo ocidental – do que o fato de que certos grupos ativistas hoje exijam que essas figuras sejam removidas de todos os prédios públicos.
Enquanto isso, aguardamos inutilmente que a ciência apareça com
uma bala mágica para resolver o impasse e nos tirar de nosso dilema. É exatamente por causa dessa insensatez que as coisas chegaram ao atual estado de crise.
uma bala mágica para resolver o impasse e nos tirar de nosso dilema. É exatamente por causa dessa insensatez que as coisas chegaram ao atual estado de crise.
Um convite e uma Promessa
Antes de continuar, quero fazer-lhe um convite e também uma promessa. Convido-o a considerar comigo o significado da lei moral (isto é, os Dez Mandamentos) para o século 21. Para fazê-lo, precisaremos ir além da superfície e examinar as poderosas implicações desses antigos princípios, considerando sua sabedoria. Minha promessa é de que não será um monólogo. Não planejo falar
sozinho. Este livro é uma discussão e um roteiro de estudo. foi organizado de forma a incentivá-lo a se envolver, a pensar por si, a interagir e chegar às suas próprias conclusões enquanto prosseguimos. Talvez você até queira registrar seus pensamentos e fazer um diário. Espero que o faça, porque no fim não serão as minhas ideias ou conclusões que produzirão uma diferença real na sua vida. Eu disse que faria uma promessa. Na verdade, são duas, mas a segunda é parte da primeira. É a seguinte: nunca pedirei que você aceite cegamente qualquer coisa que eu disser sobre este assunto extremamente importante; ao contrário, você terá ampla oportunidade de verificar e provar por si mesmo a validade dos princípios que iremos estudar. isso é possível porque os Dez Mandamentos não são simplesmente artefatos a serem colocados em exposição na vitrine de um museu. Como uma fonte a jorrar com sabedoria prática, eles oferecem soluções em tempo real para problemas e situações reais com os quais todos nós lidamos a cada dia. São princípios que têm aplicação racional na vida diária de cada um. E a sua comprovação está na sua aplicação. Nos Estados Unidos, há um jeito antigo de dizer isso: “A prova do pudim é quando você o come.” Ao testar esses princípios na sua vida e torná-los parte do seu mundo,
você saberá, com certeza, que eles continuam sendo válidos, porque os resultados serão imediatos e profundamente satisfatórios. Então não hesite. vá em frente e aceite o convite para estudar os
Dez Mandamentos e torná-los parte da sua vida. você se alegrará por tê-lo feito.
Fonte: o livro os 10 mandamentos
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